Vamos falar sobre precificação

Embora não seja o principal fator a ser considerado na hora de escolher qual plano de saúde contratar, o preço tem sim um papel importante na hora de escolher por operador A ou B. Por isso, na hora de apresentar uma proposta, saber que fatores são levados em conta na hora da definição do preço de um plano pode ser útil para que você ajude seus clientes a tomar uma decisão. Pensando nisso, criamos esse artigo explicando como é feita a composição dos preços. Boa leitura.

 

Preço vs Custo

O preço de qualquer produto ou serviço em qualquer ramo, geralmente, está atrelado aos custos — produção, execução etc. Com a saúde suplementar não é diferente, ou seja, os custos dos planos de saúde são extraídos das utilizações dos beneficiários dos serviços médico-hospitalares e servem de base inicial para o cálculo do preço.

 

Perfil da empresa

Uma das primeiras informações a serem levadas em conta na hora de formular o preço é o perfil da empresa. Isso é definido pela quantidade de vidas, a proporção de homens e mulheres, média de idade e incidência de doenças crônicas. Uma vez de posse desses dados, a operadora analisa os fatores que podem impactar a utilização do plano pelos colaboradores.

Empresas de um mesmo segmento e porte, mas com perfis diferentes em relação à faixa etária média e a distribuição de sexo ou até mesmo a distribuição geográfica da massa, podem receber cotações diferentes, uma vez que essas variáveis que interferem na precificação, pois tais fatores influenciam diretamente a formação dos custos assistenciais e às frequências de utilização.

A definição do perfil da empresa e de seus trabalhadores também facilita a captação de beneficiários para os programas de Medicina Preventiva – como o Programa Gestação Segura (PGS); idosos com o Programa de Assistência ao Idoso (PAI); o Apoio ao Paciente com Doenças Crônicas (PAP) para tratamento de doenças crônicas; e, por fim, o CASE, que trabalha com Casos de Alta Complexidade e oferece cuidados paliativos e atendimento ainda mais humanizado. Além de proporcionar mais qualidade de vida para os colaboradores e diminuir faltas e afastamentos, essas ações podem minimizar também os índices de sinistralidade.

Durante o processo de negociação, além das características citadas acima, outros fatores são levados em consideração. A empresa pode, inclusive, contratar diferentes planos de saúde para diferentes níveis hierárquicos, indicar se quer (e qual o tipo) de coparticipação, se prefere um plano totalmente verticalizado ou aberto, como será a acomodação (enfermaria ou quarto privativo) e se a abrangência é regional, estadual ou nacional.

 

Mutualismo

O número de vidas também influencia na precificação por conta da gestão de riscos. De modo geral, quanto mais funcionários uma empresa tem, menores são os riscos por conta da mutualidade – é o mesmo princípio da sinistralidade: se os funcionários utilizam o plano mais do que deveriam ou sem conscientização, ele tem reajustes maiores. Mas, se apenas um funcionário de uma empresa grande precisar de cirurgia ou procedimentos mais invasivos e caros, não há um impacto tão grande para a operadora quanto se isto acontecer em uma empresa menor, porque, isso se deve ao grande volume de beneficiários, que acaba por diluir o custo isolado.

 

Coparticipação

O uso consciente do plano de saúde também é um dos braços da mutualidade – e a coparticipação tem papel fundamental quanto à reeducação do beneficiário e no preço do plano de saúde. Por ser uma categoria em que o usuário é responsável por parte das despesas com consultas, exames e terapias, o plano de saúde fica mais barato.

Essa conscientização também influencia na diminuição dos índices de sinistralidade, uma vez que o beneficiário passa a utilizar o plano de forma mais consciente, pois é impactado financeiramente. No entanto, há isenções em alguns casos e, para estimular um cuidado com a saúde, os programas de Medicina Preventiva não tem custos adicionais, mesmo nas opções de coparticipação.

 

Conclusão

O que definirá o quanto será pago pelo plano será o perfil humano e a demanda por serviços e coberturas da empresa contratante. Ou seja, o cliente precisa ter em mente o que deseja oferecer para seus trabalhadores, assim ajudará a definir e escolher qual prestadora se adequa a necessidade de seus funcionários.

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